Patinetes, bicicletas e carros



São Paulo, trânsito e tempo.

Estes três termos quando colocados na mesma frase, em geral, representam alguma insatisfação. Seja com atrasos, com o transporte público de péssima qualidade. Entretanto, nos últimos tempos o que virou manchete dos jornais foram o perigo de acidentes envolvendo patinetes ou o trânsito destes "veículos".

Pois bem, e o que isto tem a ver com política?

O prefeito Bruno Covas mandou recolher os patinetes espalhados pela cidade, que podem ser alugados e usados por um determinado período pelas pessoas como meio de locomoção. Preocupado com a segurança dos usuários e dos pedestres, o prefeito regulamentou o seu uso.

Ora, vejam que curioso, os patinetes podem circular nas calçadas com velocidade máxima de 6 km/h, ou nas ciclovias e ciclofaixas com velocidade máxima de 20 km/h. 

Um dos grandes pontos de debate das eleições para prefeito de São Paulo em 2016 eram justamente as ciclovias e ciclofaixas. Hoje, amplamente usadas por ciclistas e "patineteiros".

O que isto evidencia? Obviamente São Paulo não serve mais para o deslocamento de carro. A imprevisibilidade da hora de chegada e a falta de vagas de estacionamento desconfortam em muito o condutor, que poderia optar pelo uso do transporte público. Esta opção se mostra, por vezes, cara, quando pequenas distâncias serão percorridas.

Por exemplo, duas pessoas que querem sair da Avenida Paulista n° 100 e ir à Avenida Paulista nº 2000 gastariam R$ 4,30 cada para ir e mais R$ 4,30 cada para voltar, totalizando R$ 8,60 cada perna da viagem. A opção de aplicativos como Uber, 99, cabfy e outros custaria algo em torno de R$ 7,00. E vejam, a Avenida Paulista conta com uma das melhores ciclovias da cidades, e então, a bicicleta e o patinete aparecem como ótimas alternativas num dia sem chuva.

Ao meu ver, a preocupação do prefeito não deveria ser com quem usa os patinetes, ou como. Isto já está regulamentado. Mas sim, em como melhorar e baratear o transporte público municipal. As licitações do transporte público municipal, que se arrastavam desde 2013, estão em  fase final, e o desafio que desponta é a organização de um sistema mais eficiente e que polua menos. Além disso, é de extrema relevância a cooperação entre o Município e o Estado para que as linhas de metrô sejam expandidas e as estações inauguradas antes da copa.

3 comentários:

  1. Pacientes, Bicicletas e Carros,eis a questão sobrevivem em harmonia? É possível existir sintonia entre estes meios de locomoção? Talvez, desde que haja leis mas bem definidas, que definam a segurança daqueles que irao competir com os tão temidos automóveis, que são guiados e teleguiados por motoristas com maior ou menor capacidade de condução, no entanto o patinete e a bicicleta podem sim ter seu espaço, que acredito já esteja sacramentado, pois são veículos que podem auxiliar no deslocamento na selva de pedra, minimizam o impacto do trânsito nos grandes centros e aumentam a interação entre as pessoas, pois contribuem para um aumento nas interações sociais, com isso acredito que estes novos elementos vieram para somar e multiplicar a interação nos grandes centros, também em locais mas afastados, o que denota grande vontade e desejo em mudar. Isso é o esperado, interação para renovar, pensemos nos três veículos como ferramentas distintas, mas que contribuem para melhorar de forma sensível às locomoções das formas mais variadas, o futuro é a diversidade.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Onde se Lê pacientes no início do texto, leia-se patinetes. Obrigado!

      Excluir
    2. Onde se Lê pacientes no início do texto, leia-se patinetes. Obrigado!

      Excluir

Tecnologia do Blogger.