O tal do presidencialismo de coalizão



Loteamento de cargos e ministérios; aliança por apoio político e não por ideologia; centrão.

Diversas são as facetas das negociações políticas. Acredite, é assim que tem que ser. As regras do jogo são assim, mesmo que você não goste.

As vezes temos que ir à casa da sogra para comer um frango assado com macarronada, ainda que não queiramos. Faz parte do jogo. As vezes precisamos assistir a novela, pois são os capítulos finais, ainda que queiramos assistir Figueirense e Fortaleza pela série B do Brasileirão. As andanças da vida nos obrigam a ceder, negociar, e, por vezes, engolir sapos para que alcancemos nossos objetivos maiores. Assim é o jogo da vida.

O que não podemos é comprar esses momentos. Não devemos comprar balas aos filhos para eles não contarem algo à mãe. Não devemos dar propina pro guarda por cometermos uma infração de trânsito.
Mas, podemos sim barganhar apoio, e fazemos isso o tempo todo. Pedimos um favor a um amigo, para que um outro quebre um galho aqui, cubra o plantão lá. Assim segue o jogo.

Esse microcosmos repete-se no macro.

Quem manda no país é o Congresso Nacional. O Presidente precisa da aprovação dos deputados e senadores para tocar os seus projetos; como fazer isso? Montando uma coalizão. O que ele pode negociar? Participação nas decisões governamentais. Como ocorre essa participação? De diversas formas, entre elas cedendo espaços de comando em ministérios, agências e outros órgãos do governo.

É aqui que as pessoas se confundem. Essa negociação permite ao Poder Executivo dar andamento aos projetos apresentados à população.

Governar é buscar consenso, buscar atender os interesses do povo.

E isto se faz com inteligência e competência. Não se faz a base de interesse próprio, escusos ou sacanas. A ideia de coalizão é construir um grupo que trabalhe conjuntamente para alcançar um objetivo: implementar as propostas eleitas e escolhidas pela sociedade ao longo da campanha eleitoral.

Por fim, Bolsonaro não tem essa capacidade.





Fonte da imagem: http://odireito-oavesso.blogspot.com/2017/06/presidencialismo-de-coalizao-um-dilema.html

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